Desde o primeiro dia que disse que este ia ser nosso. Senti sempre. O europeu começava no dia 10 de Junho, dia de Portugal. É isso só podia ser um pronuncio. E foi.
O futebol é muito mais do que 22pessoas a correr atrás da bola. O futebol é mais do que clubismo. O futebol é isto. A união, o acreditar, o lutar. O futebol é sonhar, porque sonhar é grátis, como diz o nosso capitão.
Se houve um responsável por esta vitória? Fernando Santos sem dúvida. Só um GRANDE treinador, ao fim de duas jornadas com dois empates e uma enxurrada de comentários negativos, tem carácter para ir a uma conferência de imprensa dizer já ter avisado a família que só chegaria a Portugal dia 11 a festejar. Arrogante? Não! Crente e conhecedor da equipa que ele formara. Sim, porque estão ali jogadores que até então estavam alguns já acabados para Portugal (Quaresma, Ricardo Carvalho) ou outros que nunca chegariam a jogar. E isto é ser grande.
Depois, há um colectivo com uma força incrível. Ronaldo com a maturidade que lhe faltava há alguns anos e todos os outros coma confiança que podiam ter perdido.
Por fim, o apoio dos tantos portugueses que tiveram de sair do seu amado país para terem uma vida melhor mas que nem por isso deixaram de dar 200% de apoio a esta equipa. Porque eles também são campeões. E mostraram o porquê de esta nação ser única.
Agora, esperamos que este título tão merecido há já tanto tempo (maldito euro 2004 que ficará para sempre como uma espinha na nossa garganta) mostre e ajude a mostrar que este é um país pequeno só em tamanho. Porque os pequenos podem sempre ser os maiores, basta lutar e acreditar!!
(No ano do nosso casamento somos campeões europeus. Haverá melhor presságio??)
Por isso, quando não se trata do meu FCP, que este ano teimou em não nos dar alegrias e que precisa recordar-se rapidamente do que isso é, não costumo querer saber.
Hoje vai decidir-se o campeão português de futebol. E, por norma, estaria a favor do Sporting. Por todas as razões e mais algumas. Mas, este ano, é diferente. Não suporto a arrogância de um treinador que se acha ser a última coca-cola do deserto. Que despreza os adversários e diz nem terem um treinador. Que não tem humildade.
Por isso, e apesar de nem acreditar que estou a escrever isto, penso que hoje é o Benfica que deve ser campeão. E não porque seja melhor, mas porque ao menos teve a humildade de lutar. E ao senhor Jorge Jesus, vai ser bonito de ver a cara de desilusão de quem perde para alguém sem treinador.
Tudo o que tenho a dizer é que o problema do Porto não é treinador (de quem também não gosto especialmente) nem é a qualidade dos jogadores que tem.
É a falta de carácter dos mesmos. É a falta de um capitão, a quem esse nome seja justo de chamar. Um capitão que imponha respeito, que seja um exemplo e que, acima de tudo, lute e dê tudo pelo clube.
Já não Vítor baía, Jorge Costa, ou whatever.
Sr. Pinto da Costa, veja lá se tira daí esse mostrengo que dizem ser o capitão do nosso FCP e peça aos verdadeiros capitães para lhes darem umas lições. Estão mesmo a precisar.
Hoje ouvi um relato, na primeira pessoa, que foi o maior murro no estômago que tive.
Uma mulher que todos os dias sorri como se fosse a pessoa mais feliz do mundo, que me faz rir todas as tardes. Hoje, sem como nem porquê, confessou que é vítima de violência doméstica.
O marido quis ficar desempregado e não faz nada o dia todo a não ser beber ou ver televisão. Se ela demorar mais a ir para casa, coisa que faz pelo medo de lá chegar, ele vai a todos os cafés até a encontrar e vigiar. Obriga-a a dormir na mesma cama que ele, obriga-a a ser sua mulher. Não será isto chamado de violação?
Já lhe disse várias vezes que quer pedir o divórcio, a última vez no domingo; a resposta é sempre a mesma: ao primeiro pé que puser fora de casa para o fazer, mata-a. Deliberadamente.
Já apresentou em tempos queixa contra ele. Ficou em pena suspensa. O dia do julgamento não a matou por um triz. E ela, por medo, voltou para ele.
Agradece quando a chefe lhe pede para ir trabalhar ao sábado porque é a maneira de não estar sozinha com ele nesse dia. Porque tem medo. Está apavorada.
Disse-me que sabe que vai chegar o dia em que ou ele a mata ou ela o mata a ele. E que ela o mata primeiro. Em legítima defesa.
Ofereci-me imediatamente para ir com ela à polícia. Mas ela já não acredita na justiça. Ofereci-me para a levar a uma instituição que ajude estas vítimas. Disse que não é preciso. Que ela vai resolver o problema.
E, no fim disto, eu sei que este país é mesmo uma merda em questões destas. Só espero que não se resolvam as coisas tarde de mais.
Madrinha, afilhadas, colegas e netas de curso. Estão todos a emigrar. A pouco e pouco, tirando os poucos que foram conseguindo emprego cá, estão todos a ir.
Pela falta de oportunidades, pela falta de confiança no nosso trabalho,vão à procura de um lugar onde acreditem nelas, onde deixam valor ao seu trabalho.
E é nestas alturas que sei que fui abençoada por poder trabalhar a 40Km de casa, dos meus. Porque não haveria dinheiro que pagasse os domingos em família, os minutos com cada um dos meus. Mas também teria sempre que trabalhar. E, se tivesse que ir embora, iria. Mas não iria ser feliz como sou..
Por isso tenho o mais profundo respeito por quem vai.
A Sofia tem sido um grande exemplo de coragem. Já aqui o disse e repito, é preciso muita coragem para admitir publicamente que temos cancro.
Este vídeo é só um dos vídeos mais bonitos que já vi. Aquele "problema" que é quando o cabelo começa a cair, maldita quimioterapia, é aqui desmistificado e mostra-se que esse é o menor dos problemas de quem enfrenta este maldito.
Este vídeo mostra também a importância que as pessoas que mais amamos têm nesta fase, porque sem elas não se teria a força para enfrentar tudo.
És linda Sofia. E ficaste fantástica..principalmente pelo sorriso que exibes! Já te disseramhoje que és linda? Não? Então eu digo-te: és linda! Força.
Este é realmente "o" anúncio. Mostra aquilo que eu realmente mais defendo e prezo: as pessoas têm de estar juntas sempre que podem, não devem deixar para amanhã, para o ano seguinte. Porque esse dia, esse ano, pode não chegar.
Como uma menina que passou os seus primeiros nove anos longe do pai no Natal, esta é para mim uma altura realmente muito especial. Porque desde que o tenho comigo, que esta é a altura mais feliz do ano para mim. Porque estou realmente com todos aqueles que amo, ao mesmo tempo. Pais, tios, primos e avós. E o Mi claro. E isto para mim vale realmente tudo. Tudo mesmo.
Assim, este é um anúncio fabuloso. Faz pensar no que de mais importante temos. E de que nunca nos devíamos esquecer!!