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One Smile, One Life

Porque só vivemos uma vez

One Smile, One Life

Porque só vivemos uma vez

Estudar e trabalhar ao mesmo tempo.

Sempre admirei muito quem estudava e trabalhava ao mesmo tempo. Muito!

E agora é a minha vez. A pós-graduação "rouba-me" as sextas e sábados e é tanta coisa condensada nesses dois dias que tenho de passar o resto da semana a tentar organizar toda a matéria para depois estudar.

O primeiro exame foi esta semana e posso dizer que não foi fácil conseguir ter tempo para estudar tudo. Também porque para além do hospital, ainda trabalho no restaurante. Mas não é fácil. Chego tão cansada a casa que só quero dormir, mas não posso...ou não devo!..

Continuo a admirar muito. Mas agora dou ainda mais valor. Porque só se dá valor às coisas quando passamos por elas...

Remember....

 

Há uns dias experimentei o capuccino de baunilha que há na máquina lá do hospital. E só posso dizer que assim que o saboreei, fui transportada para os tempos de faculdade. Era essa a minha bebida favorita também da máquina de lá, para beber entre as aulas, para beber quando estava fartinha dos professores, para beber para aquecer o coração quando as saudades de casa já eram tantas.

Ao bebê-lo agora, seis anos depois de ter entrado em Lisboa, as saudades reforçaram-se... E o coração ficou quentinho mas também apertadinho!...

Nessa Lisboa que nos uniu,

Hoje acabam o vosso percurso académico. Nessa Lisboa que vos viu crescer durante estes 4anos, nessa Lisboa que me permitiu conhecer-vos.
Quando há 4anos atrás me convidaram para ser vossa madrinha, cada uma à sua maneira mas ambas tão especiais, sabia que de alguma forma vos iria amar para sempre.
Talvez não tenha sido uma madrinha tão presente quanto gostaria, e por isso desculpem. Mas acreditem que nunca em qualquer momento me esqueci de vocês ou do que significa para mim que duas meninas tão fantásticas me tenham escolhido a mim para sua madrinha.
Hoje, nessa Lisboa ficarão tantas e tantas lágrimas. Lágrimas de alegria por terem chegado aqui depois do vosso percurso incrível. Também é nessa Lisboa que ficarão guardados os sorrisos, as lágrimas, as desabafos, os desaforos, as discussões, as desilusões... as alegrias, o amor. Não pensem que será fácil, é mentira. Vão ter saudades de tudo e de todos, mesmo dos que vos magoaram pois foram esses que vos deram força para os ultrapassar e seguir em frente. 
Mas depois virá o sorriso por todos os bons momentos. Dos tão poucos que aqui estão representados, foram tantos e tantos em que sorrimos juntas. Somos uma família, e será assim sempre. Cada uma à sua maneira, entraram na minha vida de uma maneira tão forte que sei que jamais sairão! É nessa Lisboa que nos conhecemos, e, não sendo a cidade de nenhuma de nós, será nossa para sempre.
Não me despeço porque a amizade quando é verdadeira apenas há saudades e não despedidas, mas hoje vejo findar a minha missão. A partir de agora, serei "apenas" a amiga que ficará sempre a aplaudir-vos com um enorme orgulho. Porque a minha missão está cumprida com o maior sucesso.
Nessa Lisboa que é tão nossa e será sempre, hoje estarei aí de coração. Na Balada da Despedida, quando começarem a chorar, lembrem-se que a 300Km de distância, também estarei de lágrimas nos olhos. E no coração.
Parabéns minhas finalistas. Parabéns minhas meninas. Parabéns minhas amigas. Parabéns meu orgulho ❤
"E passo por ti
Condenado a sentir um vazio
Na hora de te abandonar
A lembrança de quem quer ficar
A cidade por descobrir
Um adeus, vou partir"

Sobre as praxes...

Nesta altura em que já li várias opiniões sobre praxes, inclusive em alguns dos blogs que sigo, percebi que nunca tinha deixado a minha opinião sobre este assunto.

Quando entrei para a faculdade, há 5anos atrás, confesso que também ia receosa, também ia em dúvida se quereria passar por aquilo. Nunca fui pessoa de faltar a aulas, nunca fui de andar a beber a toda a hora, e era essa a ideia que eu tinha de praxes: bebida, faltas e sujidade. Mas como nunca fui de rejeitar nada antes de conhecer, decidi arriscar e ir; se não gostasse, deixava.

E a praxe surpreendeu-me. É verdade, não vou mentir se em algum momento não quis voltar atrás e ir embora. O primeiro dia foi o horror: ter pessoas que nunca tinha visto a berrarem comigo e sempre a dizer "Bicho, olhos no chão!", a tratarem-me como se eu fosse nada. Mas também foi no primeiro dia que conheci as pessoas que dali em diante iriam passar comigo os 4anos de curso; aquelas que a quem teria de me habituar, sendo que estava a mais de 300km de casa, do M, de toda a minha vida. 

Posso dizer que foi das melhores semanas da minha vida, apenas suplantada pela semana de "enterro", a última semana em que fui praxada. Não fui obrigada a beber nada que não quisesse, nunca me obrigaram a faltar às aulas, só faltava quem quisesse, tiveram o cuidado de perguntar as alergias de cada um e, a partir daí sim: foi sujeira, muito gritaria, muito rebolar no chão, muitas flexões e abdominais....mas também o incutir pelo defender do curso que havíamos escolhido, o começar a conhecer quem nos rodeava e não só os seus sapatos. O escolher da madrinha (a melhor de sempre!) e o começar a fazer amizades pelo compartilhar das dificuldades. Tudo isso só aconteceu naquela semana de praxes; se a mesma não tivesse existido, não posso dizer que não teria feito amigos, obviamente, mas creio que teria sido mais demorado e mais complicado.

Agora, não concordo com certas praxes, isso também é verdade. Locais em que só é enterrado quem se embebedou em todos os jantares de curso, ou que teve de sair todas as noites até altas horas, isso para mim não é praxe. A praxe é um ato integrativo, que serve para nos iniciar na vida universitária, que nos leva a perceber que há muito para além da nossa vida de secundário; onde brincamos, jogamos (jogos tão parvos que são esses que nos fazem rir em cumplicidade com quem nos rodeia!), gritamos a alto e bom som para defender até ao fim o nosso curso, decoramos as letras de todas as músicas que nos permitirão ganhar toda e qualquer batalha seja com que curso for.

Não sou contra quem não quer passar pela experiência; estão mais do que no seu direito e certamente viverão o mundo académico à sua forma e serão felizes também; mas tenho a certeza que a sua integração nucna será tão fácil.

Isto são praxes..e soube tão bem chegar ao fim do ano, ser enterrada e finalmente pensar: acabou! Mas depois?

Depois, ao ser eu a praxar, senti a saudade. Saudade de ser praxada...Essa vida, que não voltou mais!

 

(foto do meu 3ºano de curso, no enterro de duas das minhas afilhadas...e alegria foi o que não faltou!*)

 


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