Quando perdemos quem amamos...
Ficamos sem chão. Mas também sem tecto, portas ou um caminho. Imagino por isso que, quando uma mãe / um pai perde um filho, também se perca o horizonte. Pode não se morrer fisicamente, mas o coração deixa de bater como antes, certamente. A alma fica para sempre petrificada no momento em que o filho morre, em que o embate da notícia leva para sempre esse sorriso que só um filho nos dá.
Não sou mãe, mas já perdi uma. E se morri um bocadinho tão grande nesse momento, não quero imaginar se fosse um filho. Acho que ninguém consegue imaginar a não ser que passe por isso. Porque é uma dor inexplicável. É um horizonte vazio, uma porta que ficará para sempre fechada.
E se esta é uma figura pública e o assunto é mais badalado por isso mesmo, não deixa de ser uma mãe que perdeu o seu único filho, como, infelizmente, tantas outras.
E é nestes momentos que temos que pensar que a vida é mesmo curta e que, perder tempo com o que não interessa, só nos rouba tempo para estar com quem gostamos.
Um beijinho a essas mães a quem a vida roubou o seu bem mais precioso....mas que não se esqueçam que, apesar de tudo, perderam o horizonte, mas ganharam certamente uma estrela no céu que estará para sempre com elas.... E, no nosso coração, há lugares que jamais serão novamente ocupados mas também nunca ficarão vazios!
"O-o-oh, lights go down
In the moment we’re lost and found
I just wanna be by your side
If these wings could fly
For the rest of our lives"