Reflexões
Quando era mais pequena diziam-me que era impossível amar alguém mais do que amamos a nossa família. Do alto da minha pequenez, sempre achei que não era assim: eram amores diferentes, cada qual no seu lugar, com expressões diferentes, mas ambos igualmente importantes.
Comecei a amar alguém para além da minha família muito cedo, aos 15 anos. E, desde aí, soube que era um verdadeiro amor. E não, não era por sentir as "borboletas na barriga" de cada vez que o via, ou pelo nervosismo que sentia quando estava à espera de um telefonema dele; foi, sim, pela serenidade que ele me transmitia, pela forma como eu me sentia especial e, porque, pela primeira vez, conseguia ver-me num futuro a dois.
Indiferente às vozes que se levantavam dizendo que não passava de uma paixão da adolescência, à qual não devia dar grande importância, segui em frente. "Investi" naquilo que sabia ser para toda a vida.
Com ele, eu era autêntica. E isso é o amor: é conseguirmos conjugar as duas personalidades, sendo sempre nós próprios, nunca perdendo a nossa essência em prol do outro.
15.07.2009
Lara.