Sobre a co-adoção em Portugal

A co-adoção passou, desde dia 17 último, a ser permitida em Portugal. Estamos a falar de uma lei que permite que os homossexuais possam co-adotar os filhos adotivos ou biológicos da pessoa com quem estão casados ou com quem vivem em união de facto.
EU? Sou totalmente a favor.
De qualquer forma, se as pessoas já têm uma relação, essas crianças já vão co-habitar com o companheiro do pai/mãe...por isso, porque não tornar isso legislado? Estamos a falar apenas de burocracia, porque, emocionalmente, essa relação já vai estar (ou não) criada.
Além disso, eu prefiro ver uma criança feliz, no seio de uma família homossexual feliz, que se respeita, do que numa família em que os pais não se amam, que muitos deles têm relações extra-conjugais, mas que não são capazes de admitir o que são. Uma criança não é feliz numa mentira, certo?
Continuo a achar que para um país que se diz querer ser tão evoluído como em Portugal, opiniões que se levantam contra esta lei são muitas e, muitas delas, sem qualquer razão de ser.
Todos temos o direito de ter a nossa opinião, é verdade. Mas aqui não se discute se gostamos ou não de casais homossexuais (como se nós é que tivessemos que gostar!...), mas sim o bem-estar e a felicidade das crianças. E isso deveria sempre ser o mais importante...as pessoas é que se esquecem.